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JPT sampa realiza primeira “Quinta da Juventude”

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A Juventude do PT de São Paulo realizou, nesta quinta, o primeiro ciclo de debates denominado Quinta da Juventude. O tema de abertura foi o Projeto de Lei chamado de Lei Antiterrorismo e as recentes manifestações. Fruto do Planejamento realizado em fevereiro, a ideia é suprir a necessidade levantada de que se tenha espaços permanentes de discussão sobre temas da atualidade. Segundo Erik Bouzan, secretário da JPT Sampa, “Essa demanda foi consenso entres os e as participantes do Planejamento, isso revela a necessidade de termos esse espaço institucionalizado de discussão e reflexão de temas que estão na ordem do dia e que esse espaço consiga subsidiar nossas posições acerca dos temas”.

Para Vitor Marques, coordenador de Formação Política, “A ideia é trazer os problemas do cotidiano para as conversas. Compartilhar anseios, visões e perspectivas, fazer desses diálogos espaços que contribuam para a formação de cada um de nós perante a sociedade. As manifestações de junho mostraram que estamos vivendo um momento de reinventar e aperfeiçoar as organizações. Nesse sentido, os encontros são da forma mais natural possível, encontros de jovens que querem compartilhar as suas realidades e buscar soluções para seus problemas”.

O formato e a periodicidade da Quinta da Juventude foram deliberados pela Direção Municipal da JPT Sampa. Bouzan explica: “A proposta inicial de formato é que não tenhamos convidados, em forma de mesa, mas facilitadores que irão trazer elementos para a discussão”, mas ressaltou: “essa é uma proposta, queremos deixar esse espaço livre, até mesmo o seu formato está suscetível à alteração”. Gabriel Landi, coordenador de Comunicação lembrou também que “nossa proposta é que, em cada debate se tire o tema do próximo, assim deixamos ainda mais democrático e livre esse espaço”.

Os debates acontecerão toda última quinta feira do mês. O próximo será no dia 24 de Abril às 18:00hs no Diretório Municipal do PT e o tema tirado foi: Políticas sobre Drogas e a Juventude.

Marque na sua agenda!!

NOVOS HORIZONTES PARA A JUVENTUDE PAULISTA – Aprofundar as transformações, avançando no projeto democrático e popular

Resolução Política da Secretaria Estadual da JPT-SP

O Brasil viveu em Junho de 2013 um momento ímpar de mobilização social, tendo suas ruas ocupadas em diversas regiões por cidadãos que pediam maior presença do Estado (e não do Mercado) para o atendimento de demandas sociais. Motivadas e motivados pelo aumento das tarifas de ônibus, os jovens começaram a ir às ruas questionar o reajuste, mas também a qualidade do serviço prestado, denunciar o caos da mobilidade urbana das grandes cidades e cobrar mais ações do poder público para a transformação desta realidade.

A resposta truculenta da polícia do Estado de São Paulo, algo recorrente na relação do governo Tucano com os movimentos sociais, sensibilizou grande parte da população a ir às ruas em defesa do direito de se manifestar, pulverizando as pautas apresentadas – antes restritas à mobilidade urbana. Nesse contexto de lutas pelo direito democrático de manifestação, emergiram uma série de reivindicações que remontam às promessas da Constituição de 1988, notadamente no que tange à oferta pública de Saúde e Educação.

Vale ressaltar que a situação aberta pelas Jornadas de Junho é reflexo da implementação de parte do nosso projeto Democrático-Popular: revertida a tendência de redução de empregos e da renda, principal mote das mobilizações populares nos anos de governo neoliberal, as manifestações se voltaram para a qualidade dos serviços públicos e a solução para os problemas estruturais de mobilidade e infraestrutura.

Vimos uma tentativa da mídia e dos setores conservadores de se apropriar dessas mobilizações, incluindo pautas pouco identificadas pelos manifestantes, e a disputa entre o campo da Esquerda e os setores mais progressistas com os setores mais conservadores e à Direita ficou evidente.

Reconhecemos a importância das mobilizações de rua como espaços fundamentais de construção da correlação de forças para avançar em nosso projeto estratégico, como a aprovação da Lei da Mídia Democrática e as reformas Política, do Judiciário, Tributária, Urbana e Agrária. Precisamos reassumir a postura protagonista e ousada, quehistoricamente caracterizaram o PT, e apresentar uma plataforma pós-junho, que ajude o PT avançar no programa de reformas estruturais. E a Juventude do PT, protagonista no partido em formulação de resoluções avançadas sobre temas-tabus, como aborto, drogas e as próprias manifestações de Junho, além do protagonismo na adoção de paridade de gênero e cotas etnicorraciais em suas estruturas de direção, tem a tarefa de sensibilizar o partido para a compreensão de que a aplicação do nosso programa precisa avançar cada vez mais.

Ressaltamos o desafio das cotas geracionais e o empoderamento das e dos dirigentes jovens que estão nas direções Estadual, das Macros e Municipais do PT. Tal medida é fundamental para que tenhamos um PT oxigenado e sintonizado com as pautas e formas de organização, não só da juventude, mas dos novos movimentos e, na mesma linha, superar o discurso da renovação de quadros, implementando-o de fato. Empoderar os jovens dirigentes é superar o discurso “juventudista”, que guetiza e sectariza os jovens, dando condições para que esses dirigentes assumam tarefas gerais nas instâncias para além da pauta específica, que reafirmamos ser tarefas das direções da JPT. Mais do que projetar quadros jovens às posições de poder, nossa tarefa histórica é rejuvenescer nossa base social de massas. Nesta linha, convocamos uma plenária de jovens dirigentes do PT de São Paulo para o 1° Semestre de 2014.

Se Junho de 2013 foi o período de ocupar as ruas, Dezembro e o começo do ano de 2014 teve como mote a ocupação dos espaços públicos, motivados novamente pela ação truculenta da polícia, desta vez em uma tentativa de impedir os jovens da periferia de ocupar espaços antes exclusivos dos ricos e da classe média tradicional. Os chamados “Rolezinhos” caracterizaram-se como fato social exatamente por evidenciar o racismo latente e a insuficiência do modelo de inclusão através do consumo. Importante salientar que as manifestações de Junho e os Rolezinhos são movimentos distintos, contudo motivados pela incapacidade da polícia de Alckmin em lidar com manifestações populares e tendo como plano de fundo as mudanças na composição de classes que o PT operou o à frente do governo federal.

Isto expõe o fato de que, se por um lado o nosso governo foi exitoso ao promover inclusão social, com mais de 50 milhões de pessoas deixando a linha da pobreza, os mais de 20 milhões de empregos gerados, o aumento do poder de compra do salário mínimo, o acesso ao ensino superior, seja através de cotas, Prouni, Reuni, do Sisu ou do Ciência Sem Fronteiras, encontramos grandes dificuldades em politizar essa ascensão social como fruto de nosso projeto e de nossas ações, e organizar essa nova composição social sob a hegemonia de um projeto Socialista, democrático e de massas.

As políticas públicas por si só não são suficientes para a disputa simbólica e ideológica na sociedade. Não à toa parte dos setores que foram beneficiados por nossas políticas questionam, e até mesmo atacam, nosso programa. É preciso que nossas ações venham acompanhadas da afirmação de nosso projeto como alternativa para o país e referência para América Latina e países chamados “emergentes”, bem como do debate ideológico sobre a crise do sistema capitalista que organiza a economia mundial.

Ainda nesta conjuntura, nos preocupa e nos coloca em alerta o crescimento de uma onda conservadora – resguardadas as especificidades – em diversas regiões do globo, como as da Venezuela, Ucrânia e mesmo no Brasil, como o crescimento do fundamentalismo religioso, as agressões homofóbicas, a realização racista da “justiça pelas próprias mãos” e as tentativas da Direita de se organizar, mesmo com a crise dos partidos por ela referenciados.

Se o PT historicamente sofreu com ataques e difamações, na maioria das vezes, preconceituosos e classistas, vemos hoje esse cenário se acirrar cada vez mais. Os setores conservadores estão num momento de ascensão preocupante que, se ainda não coloca em xeque nosso favoritismo eleitoral, pode acarretar no enfraquecimento das pautas progressistas e numa polarização social à qual precisamos estar preparados. Exemplos não faltam que demonstram que a Direita está se organizando e sinalizando que não aceitará mais uma vitória eleitoral do projeto democrático-popular sem desestabilizá-lo.

Essa ascensão conservadora está alicerçada num cenário internacional de desestabilização de governos progressistas. O caso da Venezuela é emblemático; na Ucrânia, o golpe que colocou pela primeira vez depois de 1945 os Nazistas de volta ao poder também servem de alerta para nos prepararmos para uma verdadeira onda conservadora, que tem seus reflexos no Brasil. Somos solidários aos companheiros que, como os do PSUV e todo o Gran Polo Patriótico, resistem e seguem na luta em defesa da soberania de seus países e pela construção e implementação de governos democráticos e das trabalhadoras e dos trabalhadores.

Este ano de 2014 apresenta desafios significativos para o PT e nossa juventude, e as eleições certamente nortearão boa parte de nossa atuação. Contudo, por nosso partido não se limitar à mera disputa eleitoral, devemos estar conectados com os movimentos sociais e referenciados nas lutas e demandas da classe trabalhadora e em sintonia com as lutas em curso no país. Desta forma, conclamamos a Juventude do PT do Estado de São Paulo a participar ativamente das atividades de construção e mobilização do Plebiscito Popular pela Reforma Política e da Jornada Nacional de Lutas da Juventude, que acontecerá em Abril.

Não poderíamos deixar de falar da Copa do Mundo de futebol, que acontece em Junho, um ano após as mobilizações que marcaram um novo momento da luta de massas no país. Ressaltamos a importância do evento em termos de visibilidade do Brasil para o mundo, bem como para a atração de empregos, geração de renda e investimentos para o país. Contudo, ao nosso campo cabe a discussão intransigente sobre o legado popular da Copa, ou seja, os benefícios que dialoguem com o nosso projeto de desenvolvimento nacional. Não faremos coro contra o Mundial, mas nos somamos aos fóruns populares que dialogam e discutem uma agenda referenciada nas lutas populares. Se não nos serve a palavra de ordem vazia e aventureira do “Não vai ter Copa”, nos cabe sim responder às demandas por mais Direitos e dar uma resposta popular à pergunta “Copa para quem?”.

Nessa mesma linha, reafirmamos a nota da Direção Nacional da JPT, rechaçamos qualquer tentativa de cercear o livre direito de manifestação e nos posicionamos de maneira contrária à chamada Lei Antiterror (PL 499/2013) proposta no Congresso Nacional. E fazemos um apelo à bancada do PT, especialmente aos parlamentares do nosso Estado, para barrar a tramitação deste projeto que vai contra bandeiras histórias do nosso partido e o aprofundamento da democracia. A nosso ver, o contraditório é fundamental para fortalecer a democracia.

Ainda nessa linha, reafirmamos a agenda protagonizada pelos novos movimentos em relação à violência policial, evidenciada nas recentes manifestações, mas que atinge há muito a juventude paulista, principalmente a juventude pobre, negra e periférica, que sofre com o encarceramento em massa e com o extermínio deste segmento. A pauta da desmilitarização e da reforma da polícia é fundamental para nosso projeto e será tema, de uma forma ou de outra, na campanha eleitoral.

Por fim, destacamos como tarefa prioritária o envolvimento da Juventude do PT no processo eleitoral de 2014, seja na construção do programa de governo, apresentando a partir das Macros diagnósticos e pautas locais; seja na intervenção nas agendas da Caravana Horizonte Paulista, construindo momentos e agendas com a juventude em todos os trechos; e nos debates que precederão o Encontro de Tática Eleitoral do PT, que deve acontecer em Maio, na cidade de São Paulo.

Reeleger o nosso projeto em nível nacional, com a recondução da companheira Dilma Roussef, e derrotar o conservadorismo e o atraso do tucanato no estado de São Paulo, elegendo o companheiro Alexandre Padilha governador, estão na ordem do dia de nossa intervenção militante e não mediremos esforços para que isto se consolide. Será com a força e disposição da JPT-SP que lutaremos para apresentação de um programa à Esquerda e com uma campanha de luta e revigorada e centrada na disputa de ideias que conquistem corações e mentes daqueles que reconhecem no PT e em nosso campo os aliados para as grandes transformações de nosso país.

DIREÇÃO ESTADUAL DA JUVENTUDE DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DE SÃO PAULO

São Paulo, 9 de Março de 2014

Com a presença de Artur Henrique, JPT Sampa discute desafios para 2014

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Entre os principais assuntos postos em pauta, os grupos debateram temas como reforma política, eleições 2014, formação, comunicação e mídias sociais e organização local

 
Por Debora Pereira, JPT Sampa
Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Em evento realizado no último sábado (22), a Secretaria Municipal de Juventude do PT da cidade de São Paulo, a JPT Sampa, realizou seu planejamento para o ano de 2014. Aproximadamente 70 pessoas acompanharam o ato realizado no Auditório Amarelo do Sindicato dos Bancários. Isto porque, o evento foi ampliado para além da Direção e aberto para receber a contribuição de representantes de movimentos sociais, auxiliares de juventude das Subprefeituras e conselheiros de juventude da cidade.

A abertura dos trabalhos ficou por conta de uma análise da conjuntura da cidade feita por Artur Henrique, diretor da Fundação Perseu Abramo e ex-presidente da CUT. Ele falou dos elementos simbólicos que representam a gestão Fernando Haddad, da expectativa e alegria que contagiam a Caravana Horizonte Paulista sob o comando de Alexandre Padilha e dos desafios para a manutenção do projeto do PT em nível federal.

“O PT deve estar sintonizado com as demandas que surgiram a partir das manifestações de junho, que pediam uma maior atuação do Estado na vida das pessoas. Mas é preciso entender que Junho já passou e precisamos estar preparados para as novas manifestações, ir pra as ruas e olhar para frente”, comentou Artur Henrique. “Também precisamos repensar os nossos modelos de organização e voltar a priorizar o trabalho de base”, afirmou o dirigente citando o exemplo do campeonato de videogame organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na sede da entidade.

Artur Henrique comentou, ainda, o programa de governo elaborado pela JPT Sampa na ocasião das eleições municipais e se mostrou bastante aberto para um diálogo frente ao debate para o trabalho decente para a juventude, educação profissional, economia criativa, entre outros temas relacionados à juventude trabalhadora. “Quero manter esse diálogo com a JPT Sampa e organizar uma reunião de trabalho para conversar sobre estes assuntos”, sugeriu o ex-presidente da CUT, que foi amplamente aplaudido pelos jovens presentes.

Bolsa-Trabalho

Um tema muito presente em todas as falas foi a necessidade da reformulação do Programa Bolsa Trabalho da Prefeitura de São Paulo. Criado na gestão da então prefeita Marta Suplicy, o programa teve centralidade na política social do governo e previa uma ajuda em dinheiro para que os estudantes não evadissem, além de possibilitar o trabalho de formação e cidadania dos jovens do programa.

“Fazer esse debate sobre o Bolsa Trabalho com o Artur foi importante porque é uma pessoa que tem uma visão muito progressista e inteirada sobre o mundo do trabalho, além de ter um importante acúmulo neste debate que é geracional, mas que diz respeito a um potencial econômico e produtivo do país que está sendo desperdiçado”, comentou Erik Bouzan, secretário municipal de Juventude do PT.

“O Bolsa Trabalho voltou a ser pauta novamente na cidade, por meio do importante trabalho realizado pelo Conselho Municipal de Juventude de São Paulo, que aprovou 5 milhões de reais no Orçamento do Município em emenda para o Programa e lutou para o descontingenciamento no começo da gestão. Agora a pauta é rediscutir o programa, ampliar a faixa etária atendida e caminhar para colocá-lo no rol de prioridades da gestão Haddad”, explicou Bouzan.

Encaminhamentos

Na parte da tarde, os participantes foram divididos em grupos de discussão, norteados pelos temas reforma política, eleições 2014, formação, comunicação e mídias sociais e organização local, que apresentaram propostas para a atuação da JPT na cidade de São Paulo.

“A partir das demandas que sugiram, vamos nos debruçar sobre um calendário de atividades que dê conta da realização de um ciclo de debates, uma agenda de ações que se some a agenda do PT pela Reforma Política, além de uma grande atividade de formação ainda no primeiro semestre. Também surgiu como proposta organizar uma atuação mais agressiva nas redes sociais, inclusive potencializando o núcleo de Comunicação da JPT e participando ativamente da construção do Acampamento Digital do PT, que deve ser realizado no mês de Abril”, pontuou o Secretário da JPT Sampa.

Veja mais fotos aqui: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.604488346312165.1073741830.333029640124705&type=1

 

Participe de nosso Planejamento!

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Fundação Perseu Abramo lança Bibliografia do PT

Resultante de quase 10 anos de pesquisa, a obra lista mais de 1,2 mil livros sobre o PT

Por Fundação Perseu Abramo
Terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
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O 5º Congresso Nacional do PT, ocorrido em dezembro de 2013, apontou um novo desafio ao partido: o de realizarmos uma reflexão sobre as experiências acumuladas e sobre as perspectivas futuras do PT e de nossos governos. Este deverá ser o tema da segunda etapa do Congresso, que acontece em 2015.

Afinada com os desafios que se colocam ao PT neste novo momento da história do país – e que são fruto das conquistas da última década – a Fundação Perseu Abramo promove o lançamento de uma nova publicação. Intitulada “Partido dos Trabalhadores: Bibliografia Comentada (1978-2002)”, a obra apresenta mais de 1,2mil livros sobre o PT, publicados em todo o mundo entre 1978 e 2002, acompanhados de resumos. Trata-se de uma subsídio ao debate sobre a história, o legado e os rumos do nosso partido.

Junto aos resumos, o livro apresenta um ensaio que relata as principais iniciativas de tratamento do arquivo histórico do PT e de levantamentos de livros sobre o partido, desde o lançamento do Movimento Pró-PT em 1978 até 2013, com destaque às ações realizadas pela FPA desde que foi instituída em 1996. Juntamente com o Guia de Acervo, este ensaio e os resumos constantes da bibliografia comentada oferecem um quadro abrangente das principais fontes sobre o PT hoje disponíveis para consulta.

“Bibliografia do PT” é mais um produto do Centro Sérgio Buarque de Holanda, órgão da FPA dedicado a preservar, organizar e difundir a memória e a história do nosso partido. Foi produzido por Carlos Henrique Menegozzo, em colaboração com Dainis Karepovs, Aline Fernanda Maciel, Patrícia Rodrigues da Silva e Rodrigo Cesar – todos integrantes ou ex-integrantes da equipe do CSBH –, contando com o apoio da equipe da Editora da Fundação Perseu Abramo.

Dúvidas e sugestões podem ser encaminhadas para: memoria@fpabramo.org.br

“Bibliografia do PT” para download gratuito @http://novo.fpabramo.org.br/sites/default/files/pt_bibliografia_1ed.pdf

Nova cara da juventude é tema do Boletim Linha Direta desta segunda (3)

Na atração, jovens lideranças conversam com a Web Rádio Linha Direta sobre os desafios da juventude petista, os impactos das manifestações de junho e os rolezinhos

 Por Elineudo Meira, Portal Linha Direta
Segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
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O Boletim Linha Direta desta semana recebe Léa Marques, assessora da secretaria Nacional de Juventude da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o secretário Nacional de Juventude do PT, Jefferson Lima, o presidente do Conselho Nacional de Juventude, (Conjuve), Alessandro Melchior, o secretário municipal de Juventude do PT da Capital paulista, Erik Bouzan e o diretor de políticas educacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Pedro Paulo Araújo. Eles falam sobre as principais conquistas do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), os desafios da juventude petista e a relação dos governos petistas com a juventude hoje, além debater sobre as novas caras da juventude.

Léa Marques, assessora da secretaria Nacional de Juventude da CUT, fala da importância da nova cara da juventude brasileira – que, para ela, não segue o padrão de que jovem é estudante. “A juventude vai pra além de estudante, é uma juventude que trabalha e que está interessada em discutir cultura; é uma juventude que está no movimento negro combatendo o racismo, que está aí também contra a discriminação, que hoje tem várias caras. Acho que isso é uma característica da nova juventude”, frisa.

Para o secretário Nacional de Juventude do PT, Jefferson Lima, a mudança das caras da nova juventude é um reflexo dos onze anos dos governos Lula e Dilma. “Essa nova juventude é fruto dos avanços do governo do PT. Desde a eleição do nosso companheiro Lula em 2002, a reeleição 2006 e a eleição da nossa presidenta Dilma 2010. Este período fez com que a classe trabalhadora e uma nova expectativa para a uma juventude brasileira surgisse, fruto das políticas sociais, principalmente na área da educação, do trabalh. Conseguindo decentralizar essa politicas está fortalecendo diversos segmentos da juventude”, afirma Jefferson.

De acordo com o presidente do Conjuve, Alessandro Melchior, o olhar e o perfil da juventude é marcado pelas mudanças da última década. “O olhar sobre a juventude e a cara da juventude hoje são marcados pela última década e pelas ações do governo federal (…) É uma juventude profundamente estudantil, o Brasil dobrou o numero de vagas no ensino médio nos últimos dez anos, a gente incluiu, nos últimos dez anos, praticamente a população do ensino médio do Chile. É uma juventude identificada por essas possibilidades de estudar”, explica Melchior.

Erik Bouzan, secretário municipal da Juventude do PT da capital paulista, fala da importância das manifestações de junho do ano passado e do ‘rolezinhos’. “São dois movimentos diferentes. Nas manifestações de junho você tinha pauta e os rolezinhos são importantes no cenário politico, porque eles evidenciam uma espécie de segregação social que existe mesmo, principalmente lá nas grandes cidades o choque cultural é sempre mais forte”, frisa Erik.

Para Pedro Paulo Araújo, diretor de politica educacionais da UNE, é necessário refletir e dialogar para entender a nova cara da juventude. “Muito se diz que a juventude hoje acordou, repudia primeiramente os partidos políticos, repudia entidades representativas, os movimentos populares e sociais. Acho que temos que entender porque chegamos nesse momento e nessa efervescência e que vão às ruas hoje e de onde vem. Acho importante lembrarmos que tínhamos uma juventude nos anos 90 que ela ia às ruas e buscavam por direitos, e após isso, com a conquista de direito para a juventude como: abertura do mercado de trabalho, acesso a universidade. Agora vivemos o terceiro momento em que as ferramentas que foram criadas não satisfazem plenamente a juventude, a juventude quer emprego, mas também quer autonomia de gastar o que ela ganha”, relata Pedro Paulo.

Ouça a entrevista completa nesta segunda-feira (3), às 18 horas: http://www.radiolinhadireta.org.br

 

Núcleo de Políticas de Drogas (NPD-PT) se reúne e tira ações para o período

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O Núcleo de Política de Drogas do Partido dos Trabalhadores de São Paulo (NPD-PTSP) se reuniu na última quinta-feira, 30, para planejar futuras ações do grupo. Criado em 2013, o objetivo do NPD-PT é discutir e pautar o tema das drogas dentro do PT, bem como dialogar com os movimentos que dialogam com a temática.

O coordenador do NPD-PT, Eduardo Portela, explica que, dentre os encaminhamentos, está a promoção de ciclos de debates para o aprofundamento e a politização sobre o tema das drogas. O núcleo não descarta a realização de discussões nos Diretórios Zonais, “promovendo o debate e disputa sadia de idéias”. “Queremos dialogar com a militância do PT um tema que é tabu na sociedade e, sendo um PT um reflexo dessa sociedade, também encontra resistência entre muitos petistas. A linha de diálogo que construímos no Núcleo é a do combate ao proibicionismo e à criminalização e extermínio da população pobre sob pretexto de segurança pública”, explica Portela.

O grupo, que participa da construção da Marcha da Maconha, deve levar como proposta para a primeira reunião do ato de 2014, a realização de um Encontro Antiproibicionista na semana que antecede a Marcha. “Também daremos continuidade ao processo de construção e fortalecimento de um campo antiprobicionista de esquerda, através do BEC (Bloco da esquerda Canábica), que conta com militantes de partidos de esquerda e ativistas pela redução de danos”.

Direção da JPT Sampa realiza primeira reunião de 2014

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A Secretaria Municipal de Juventude do PT (JPT Sampa) reuniu sua direção na última quarta-feira, 29, na sede do Diretório Municipal, para iniciar a agenda de trabalhos do ano. Na pauta, planejamento, atuação no Conselho Municipal de Juventude e a recomposição da Direção.

Por Débora Pereira

“No final do ano passado, o Diretório Nacional aprovou uma resolução que amplia os mandatos das direções da JPT, que deveria encerrar-se no início deste ano. A agenda de trabalho que construímos no início da gestão está obviamente esgotada e, para um ano tão importante como esse, em que a disputa do nosso projeto passará novamente pelo crivo popular, é fundamental que a JPT Sampa esteja forte, atuante e cada vez mais dirigente”, explicou Erik Bouzan, Secretário Municipal de Juventude do PT.

Desta forma, a JPT Sampa aprovou a realização de um seminário de planejamento, que deve ser realizado no próximo dia 22 de fevereiro. O evento será ampliado, além dos membros da direção, para representantes de entidades e movimentos de juventude da cidade, com o objetivo de pensar o calendário de atividades da gestão até o final do ano, incluindo ações de pré-campanha e atividades as quais a juventude petista da Capital irá se somar.

“O ano começou intenso e vai exigir que tenhamos planejamento, organização e vitalidade”, sugeriu Bouzan, citando o ato realizado na última sexta feira, 24, pela JPT Sampa em conjunto com outros movimentos, em repúdio à ação truculenta da Polícia Civil na Cracolândia. Tal ação, de acordo com o Secretário, “vai na contramão do processo de inclusão social promovido pelo prefeito Fernando Haddad através do programa Braços Abertos”.

Conselho Municipal de Juventude

A reunião pautou também o mandado do Conselho Municipal de Juventude, cuja participação de militantes identificados com o PT se dá em 13 das 17 cadeiras da sociedade civil, que terminou em Outubro e ainda não existe calendário para o processo eleitoral.

“A nossa opção manifestada na última reunião do Conselho foi de que a eleição deveria acontecer nos marcos da aprovação da nova Lei, com alternância da presidência entre poder público e sociedade civil, incluindo cadeiras que estão fora do conselho e com paridade de gênero entre os conselheiros e conselheiras”, afirmou Lea Marques, coordenadora de Mulheres da JPT Sampa e Conselheira Municipal de Juventude na pasta de Gênero e Diversidade Sexual.

De acordo com a dirigente, o documento precisa ser encaminhada para a Câmara para apreciação dos vereadores. “Eu represento a JPT no Conselho Municipal de Juventude e a nossa chapa foi eleita com a bandeira da alteração da Lei do Conselho. Fizemos a nossa parte: elaboramos uma minuta e encaminhamos para a Coordenadoria de Juventude”, complementou Léa.

Vale destaque que a proposta elaborada pelas Conselheiras do CMJ serviu de base para um projeto sancionado pelo prefeito Fernando Haddad, que assegura paridade de gênero em todos os conselhos da cidade de São Paulo. “A ocupação dos espaços públicos pelas mulheres a partir da paridade é uma bandeira da JPT desde 2008, quando aprovou já em seu primeiro congresso essa metodologia, sendo vanguarda de um processo que culminaria com a paridade de gênero em todas as instâncias do PT”, comemorou Debora Pereira, membro do Diretório Nacional e conselheira do CMJ até o início de 2013.

PÓS-PED

Os presentes na reunião comemoraram o saldo do PED para a JPT Sampa, com a indicação de companheiros da direção municipal da JPT que estarão empoderados em novas tarefas no PT. A coordenadora de PPJ, Larissa D’Alkimin, foi eleita presidenta do DZ de Pinheiros; a coordenadora de Movimentos Sociais Janaína Cristina da Silva, está na Executiva do Diretório Estadual do PT-SP, na Secretaria de Nucleação e Mobilização; Léa Marques, coordenadora de Mulheres, está compondo o Diretório Nacional do PT, juntamente com a companheira Debora Pereira, coordenadora de Assuntos Institucionais da Secretaria Estadual da JPT-SP.

Comjuve-SP pede criminalização da homofobia após assassinato de jovem

O Conselho Municipal de Juventude de São Paulo recebe com consternação a notícia do cruel assassinato do jovem de Kaíque Augusto, negro, homossexual, 16 anos. Kaíque foi, infelizmente, mais uma vítima da violência homofóbica de nossa cidade. Seu assassinato na última madrugada do dia 11/01, com traços de tortura como a retirada dos dentes, hematomas na cabeça e uma barra de ferro cravada na perna, nos indignam e reforçam nossa luta pelos diretos da juventude LGBTT. Em recente relatório da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República sobre a violência homofóbica no Brasil em 2012, constatamos que as principais vítimas são jovens de 15 a 29 anos de idade (61,16%). No critério raça/cor, a população negra e parda também aparece no topo da lista das vítimas: 51,1% das vítimas são negras e 44,5% brancas. Com base nesses dados, defendemos que a cidade de São Paulo construa um Plano Municipal de combate à homofobia, no qual a juventude seja prioridade. É preciso também que o Estado de São Paulo tenha uma política de segurança pública que de fato assegure a vida e os direitos da juventude, seja na questão da liberdade de orientação sexual, seja na questão da circulação nos espaços públicos. Exigimos nosso direito de viver em uma cidade, e em um país livre de qualquer tipo de violência e preconceito. Léa Marques, da Direção Municipal de Juventude do PT e Conselheira Municipal de Juventude, na cadeira de gênero e diversidade sexual, destaca a importância da existência de ações efetivas que combatam atos de homofobia, bem como sua criminalização, quando ocorrerem. “A juventude vem mostrando cada dia mais que que avançar em seus direitos. Ter garantido o direito à livre orientação sexual é uma luta que fazemos, seja através do PT, seja também através do Conselho Municipal de Juventude. Queremos o fim da homofobia, para isso, a sua criminalização é passo determinante.”

Não podemos tolerar a banalização da vida humana.!

Que a apuração desse caso seja feita, e que imediatamente mude-se a notificação no que diz respeito à causa da morte, onde consta como suicídio e não homicídio.Nossa solidariedade à família e amigos/as de Kaíque.

Conclamamos toda juventude de São Paulo à luta pela aprovação do PLC 122! Criminalização da homofobia já!

Conselho Municipal da Juventude de São Paulo Entenda o caso: http://bit.ly/1dTW3AD

Nota sobre a ação da PM nos “rolezinhos”

A Juventude do PT da cidade e do Estado de São Paulo vem a público manifestar o seu repúdio à ação violenta e desmedida da Polícia Militar na expulsão dos jovens de dentro de determinado shopping da cidade.

Apesar de estar baseado em uma liminar, ela própria e a ação decorrente fere o princípio básico do direito de ir e vir e escancara o apartheid social que vivemos hoje. Fruto da sociedade de consumo e da redução da desigualdade econômica dos governos pós-neoliberais, os jovens da nova classe trabalhadora e de baixa renda estão exercendo seu direito de manifestação pública, tal como, há muito tempo os jovens de classe média já fazem com seus “flash mob´s”, mas sem causar a reação preconceituosa que estamos vendo. 

O ranço preconceituoso de nossa elite tomou grandes proporções a ponto de, mesmo sem nenhum caso de furto ou ação violenta por parte dos jovens, conseguir uma decisão judicial se basear em possíveis violações e caracterizar como “espaço impróprio” para essa manifestação. 

Foi, mais um vez, explicitado o papel classista que tem nosso Judiciário, representante máximo da elite brasileira mais arcaica e a PM, cumprindo seu papel histórico de capitão do mato para com os pobres demonstrou todo sua truculência já conhecida. 

A luta pela Desmilitarização da PM tem de se tornar pauta central do próximo período. Chegamos no esgotamento da “guerra civil” e da forte violência policial.

Parabenizamos, aliás, a posição sensata e corajosa do prefeito Fernando Haddad ao não criminalizar o movimento e afirmar que “os jovens necessitam de mais espaços públicos para usufruir e se manifestarem”

Por fim, fazemos um chamado à toda a juventude petista à se somarem aos atos “rolezinhos” que vem sendo convocados com a finalidade de denunciar o apartheid que vem sendo imposto aos jovens da periferia.

Erik Bouzan – Secretário Municipal JPT Sampa
Rogério Cruz – Secretário Estadual JPT/SP